quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

ARTE BIZANTINA


Classifica-se como arte bizantina toda arte que foi produzida no Império Bizantino.  O império Bizantino surgiu da divisão do Império Romano. Constantinopla então capital do Império Bizantino foi o principal centro artístico e cultural daquela época.
Apesar de a arte bizantina ter se destacado na pintura e escultura, foi no mosaico e na arquitetura que a arte bizantina teve sua glória. E isso tem uma explicação, Apesar de aparentemente parecer simples imagens, a arte bizantina seguia um padrão. Isso por que ela não foi feita como simples decoração, ela tinha um propósito didático e educativo para orientar os fiéis na maioria analfabetos. Esse ponto de vista foi defendido por uma figura muito importante, o Papa Gregório I que falou "A pintura pode fazer pelos analfabetos o que a escrita faz para os que sabem ler".
A arte bizantina foi marcada por conflitos religiosos e filosóficos e pelo movimento Iconoclasta. Os grupos de pessoas que eram contra o uso de imagens religiosas nas igrejas eram chamados de iconoclastas, ou seja, destruidores de imagens. Na pintura bizantina os afrescos nas paredes das igrejas, os painéis portáteis em miniaturas e pequenas ilustrações em livros. E o pouco de escultura que teve era produzido em marfim. A escultura bizantina sofreu muito com o movimento iconoclasta.
Representação de um iconoclasta realizando a destruição de imagens.

O mosaico se destacou de forma expressiva ganhando destaque especial. Os mosaicos eram confeccionados com pequenos pedaços de pedras e vidros sobre cimento fresco. A maneira como as figuras estão plantadas em rigorosa vista frontal pode até lembrar-nos certos desenhos infantis. No entanto, o artista devia estar muito familiarizado com a arte grega. Sabia perfeitamente como enrolar um manto em torno do corpo, de modo que as principais articulações permanecessem visíveis através das pregas. O artista sabia como misturar pedras de diferentes tons em seu mosaico para transmitir as cores de carne ou de rochas. Se o quadro nos parece algo primitivo, deve ser porque o artista quis deliberadamente que ele fosse simples. As ideias egípcias sobre a importância da clareza na representação de todos os objetos tinham retornado com grande força, por causa da ênfase que a Igreja dava à clareza.  Dessa forma As pessoas eram representadas de frente, em sentido vertical e expressão solene, como uma forma de reforçar a ideia religiosa, sem a preocupação com perspectiva, volume ou profundidade. Mas as formas que os artistas usaram nessa nova tentativa não eram as formas simples de arte primitiva, mas as formas desenvolvidas da pintura grega. Assim, a arte cristã da Idade Média tornou-se uma curiosa mistura de métodos primitivos e sofisticados.
Nossa Senhora no trono com o Menino, National Gallery of Art, Washington D.C., Andrew W. Mellon Collection. Retábulo provavelmente pintado em Constantinopla em 1280. Arte bizantina.

Na arquitetura a característica básica das construções bizantinas são as cúpulas sustentadas por colunas ou arcos, criando espaços de grandes dimensões. A Igreja de Santa Sofia é a mais grandiosa desse período, foi construída em 532-537 d.C. pelos arquitetos Antêmio de Trales e Isidoro de Mileto. Por fora, o templo era bem simples. No entanto, na parte interna, a obra era suntuosa, e utilizava diversas técnicas para retratar as cenas do evangelho, com mosaicos de formas geométricas.
Catedral do Sangue Derramado, ou Igreja da Ressurreição, São Petersburgo, Rússia. Foto de Edush Vitaly. Arte bizantina.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOMBRICH, E.H. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 2013.
Arte Bizantina. Disponível em <https://www.infoescola.com/artes/arte-bizantina> Acesso em 14 de Fev. 2018.
Catedral do Sangue Derramado. Disponível em <http://www.obrasdarte.com/idade-media-arte-bizantina-por-rosangela-vig> Acesso em 14 de Fev. 2018.
Nossa Senhora no trono com o Menino. Disponível em <http://www.obrasdarte.com/idade-media-arte-bizantina-por-rosangela-vig> Acesso em 14 de Fev. 2018.
Representação de um iconoclasta. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/historiag/movimento-iconoclasta.htm>. Acesso em 14 de Fev. 2018

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