quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

ARTE EGÍPCIA



Uma das principais civilizações da Antiguidade foi a que se desenvolveu no Egito. A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel  de cada classe social e, consequentemente, orientando toda a produção artística desse povo. Toda a Arte do antigo Egito estava relacionada ao misticismo e a religião. A religião ditava os padrões artísticos do antigo Egito.

ARQUITETURA

As pirâmides do deserto de Gizé são as obras arquitetônicas mais famosas e, foram construídas por importantes reis do Antigo Império: Quéops Quéfren e Miquerinos. Junto a essas três pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren, mas a ação erosiva do vento e das areias do deserto deram-lhe, ao longo dos séculos, um aspecto enigmático e misterioso.

As características gerais da arquitetura egípcia são:
● solidez e durabilidade;
● sentimento de eternidade;
● aspecto misterioso e impenetrável.

As pirâmides tinham base quadrangular, eram feitas com pedras que pesavam cerca de vinte toneladas e mediam dez metros de largura, além de serem admiravelmente lapidadas. A porta da frente da pirâmide voltava-se para a estrela polar, a fim de que seu influxo se concentrasse sobre a múmia. O interior era um verdadeiro labirinto que ia dar na câmara funerária, local onde estava a múmia do faraó e seus pertences. 
Os templos mais significativos são: Templo de Karnak; Abu Simbel; Templo de Isis; Templo, Templo de Luxor; e o Templo da rainha Hatshepsut.

Templo de Abu Simbel


 Os monumentos mais expressivos da arte egípcios são os túmulos, divididos em três categorias: 
Pirâmide - túmulo real, destinado ao faraó; Mastaba - túmulo para a nobreza; e  Hipogeu - túmulo destinado à gente do povo.
Os tipos de colunas dos templos egípcios são divididos conforme seu capitel:  
Palmiforme - flores de palmeira;  Papiriforme - flores de papiro; e  Lotiforme - flor de lótus.

 
Colunas egípcias


Esfinge: representa corpo de leão (força) e cabeça humana (sabedoria). Eram colocadas na alameda de  entrada do templo para afastar os maus espíritos. Obelisco: era colocado à frente dos templos para materializar a luz solar.

ESCULTURA

 Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade. Com esse objetivo ainda, exageravam frequentemente as proporções do corpo humano, dando às figuras representadas uma impressão de força e de majestade. Os Usciabtis eram figuras funerárias em miniatura, geralmente esmaltadas de azul e verde, destinadas a substituir o faraó morto nos trabalhos mais ingratos no além, muitas vezes coberto de inscrições. Os baixos-relevos egípcios, que eram quase sempre pintados, foram também expressão da qualidade superior atingida pelos artistas em seu trabalho. Recobriam colunas e paredes, dando um encanto todo especial às construções. Os próprios hieróglifos eram transcritos, muitas vezes, em baixo-relevo.

Miquerinos e esposa (Museu de Belas artes de Boston)


PINTURA

 A decoração colorida era um poderoso elemento de complementação das atitudes religiosas.

Suas características gerais são:  
● ausência de três dimensões; 
● ignorância da profundidade;
● colorido à tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo; e 
● Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente,
● enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil. 
Quanto à hierarquia na pintura: eram representadas maiores as pessoas com maior importância no reino, ou seja, nesta ordem de grandeza: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo. As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas de vermelho. Os egípcios escreviam usando desenhos, não utilizavam letras como nós. Desenvolveram três formas de escrita: Hieróglifos - considerados a escrita sagrada; Hierática - uma escrita mais simples, utilizada pela nobreza e pelos sacerdotes; e  Demótica - a escrita popular.
 
Tumba de Jaemwaset, filho de Ramsés III



Livro dos Mortos, ou seja, um rolo de papiro com rituais funerários que era posto no sarcófago do faraó morto era ilustrado com cenas  muito vivas, que acompanham o texto com singular eficácia. Formado de tramas de fibras do tronco de papiro, as quais eram batidas e prensadas transformando-se em folhas.

 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GOMBRICH, E. H. A História da Arte. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 2008.
TEMPLO DE ABU SIMBEL. Disponível em  http://arqueologiaegipcia.com.br/2014/10/22/alinhamento-solar-no-templo-de-abu-simbel-22-de-fevereiro-e-22-de-outubro/. Acesso em 07 de Fev. 2018.
COLUNAS EGÍPCIAS. Disponível em <http://estruturandocivil.blogspot.com.br/2015/05/historia-das-construcoes-parte-2.html>. Acesso em 08 de Fev. 2018.
MIQUERINOS E ESPOSA. Disponível em <http://arteinternacional.blogspot.com.br/2009/04/escultura-egipcia.html>. Acesso em 08 de Fev. 2018.
TUMBA DE JAEMWASET, filho de Ramsés III. Disponível em <http://papodesenho.blogspot.com.br/2015/03/arte-egipcia-lei-aulica-e-lei-da.htm> Acesso em 08 de Fev. 2018

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